TERESINHA POSSENTI
Começamos e terminamos a leitura do livro “Tropeços e Êxitos” By Teresinha Possenti. O livro relata a sua trajetória iniciando em Treviso-Urussanga- EUA-Europa-Urussanga. Das primeiras às páginas atuais de sua vida, sempre um componente que não a largava: O “enfrentaremos o problema”. Com novos e desconhecidos desafios, novas ações para a devida e necessária superação, tendo como lema principal, “Minha família, meu tesouro”. De mãe, para filha e para netos, a preocupação em transmitir as mesmas ferramentas e os mesmos ensinamentos para se vencer os obstáculos. Registrou também que todas as coisas da vida, sejam boas ou ruins, terão “começo, meio e fim” e que “nada precisa ser para sempre”. Pode não ter tido sorte no “amor” como ela mesmo registrou, mas teve enorme sorte nas grandes amizades que conquistou. A leitura do livro para mim foi como sentar na poltrona confortável de um ônibus de turismo com ela ao lado e durante toda a viagem, sem cansar, ouvir dela a sua história. Eu também, Terezinha, convivi com a Dona Alice e o seu Hermínio na antiga Pousada Dona Alice, pois lá tinha uma das grandes amizades da juventude, a amiga Zane, sua sobrinha, cuja amizade persiste firme e forte até os dias atuais. E que quem melhor definiu o seu perfil foi o neto e amigo Ênio Biz. Para finalizar, nós diríamos à Teresinha em sua caminhada, que modificaríamos o título: De “Tropeços e Êxitos” para “Mais êxitos que tropeços”, amiga e mulher de “sete fôlegos”. Na imagem com a Terezinha, Graça Ceron Muttini, “Neca” Fabro Benedetti, componentes do “Cantando Si Va”, numa das inúmeras apresentações de gala do grupo que sempre acompanhamos, esta na AgroPonte em Criciúma no Estande da Epagri em 2014.
PROJETO “PRAÇA ANITA GARIBALDI”
Depois de 20 anos da homologação do tombamento dos 18 imóveis no entorno da Praça Anita Garibaldi, um trabalho arquitetônico ganha prêmio estadual “Elisabete Anderle” através da Fundação Catarinense de Cultura. O tombamento teve a participação decisiva do nosso Diretor de Cultura Nevton Vicente Rech Bortolotto que ao que tudo indica, no lugar de trazer prestígio e reconhecimento por parte da comunidade, só lhe trouxe alguns aborrecimentos. É a secular luta entre cultura e a ignorância que grassa por todos os lados e a Praça não seria exceção. O projeto “Elaboração de diretrizes de preservação para o patrimônio edificado e a paisagem da Praça Anita Garibaldi, Urussanga/SC” é de autoria de Virgínia Gomes de Luca com o auxílio da arquiteta Aline Figueiredo e do arquiteto João Paulo Schwerz, das estagiárias Amanda Gonçalves da Silva e Maria Fernanda Carvalho Laureano. O conjunto das edificações, considerado o mais representativo da arquitetura urbana da imigração italiana em SC, é teoricamente protegido pela FCC desde 2001. Depois de 20 anos, a Praça Anita continua sendo preocupação cultural de “gente de fora” quando deveria em primeiro plano ser preocupação dos “daqui de dentro”. O Poder Público Municipal parece estar de mãos amarradas e os proprietários, em sua maioria, na inércia. Como diria aquele italiano irreverente no banco da praça em dialeto “tropa di nhanhi”. É o que somos.
NO PRATO DA BALANÇA
O colunista PPK afirmando que precisamos reforçar mais os fatos positivos de Urussanga do que os negativos. Diante desta afirmação, sabe o que nós fomos fazer? Efetuamos uma reflexão seguida de um levantamento dos assuntos publicados com sinal positivo e os assuntos publicados com sinal negativo de um considerável número de edições da nossa coluna, para que a amostra fosse confiável e assim respeitando as leis da estatística. Colocados lado a lado na balança, deu 81 aspectos positivos, de otimismo, de incentivo, de reconhecimento, de gratidão, e 52 de fatos negativos, polêmicos, de natureza crítica. Mas como diria um amigo “não seria a crítica apenas pela crítica”. É preciso ressaltar que tanto os fatos positivos e negativos não são criados pela imprensa. A imprensa exercida com responsabilidade e isenção é um espelho que reflete o que a sociedade, a comunidade e seus membros, sejam públicos ou privados, pratica, vive e vivencia. Observou-se também que os agentes políticos de um modo geral foram os protagonistas dos aspectos negativos, depreciativos e deprimentes, para não dizer vergonhosos. Cabe à imprensa não apenas divulgar uma notícia e sim dizer o que esta notícia representa. É preciso analisá-la. Um exemplo: Anunciar apenas o nome do novo ministro da Justiça, da Economia, da Saúde ou das Relações Exteriores, é muito pouco para o leitor. É preciso entender o que o titular dessa nomeação significa. Vai mudar algo? Vai continuar tudo igual, vai dar uma grande virada ou vamos deixar como está para ver como é que fica?
NÃO SEJAS PRECIPITADO
Entende-se por precipitação a água proveniente do vapor de água da atmosfera depositada na superfície terrestre sob qualquer forma: chuva, granizo, neblina, neve, orvalho ou geada. Mas além da precipitação da água, há também a precipitação dos humanos, pois algumas atitudes precipitadas podem causar graves efeitos colaterais ou mesmo a ruína da reputação de uma pessoa. Uma atitude precipitada, afobada, pode literalmente causar o ato de despencar. E como você sabe, em virtude da lei da gravidade de Newton, sempre é mais difícil subir do que descer.
O NOSSO PRATO DE CADA DIA
De acordo com os botânicos, há mais de 7 mil plantas comestíveis no planeta Terra, porém 90% do que consumimos tem origem apenas em 15 espécies. Das 7 mil plantas, 417 espécies são consideradas cultiváveis. Mas são os sabores e aromas artificiais que imperam na mesa. As descobertas de novas plantas não cessam. Só em 2019, os botânicos registraram 1.942 novas plantas e 1.866 fungos que ainda não conheciam. No Brasil, duas novas espécies de mandioca selvagem foram catalogadas. Quatro bilhões de pessoas têm sua alimentação baseada quase exclusivamente em arroz, milho e trigo.
PÍLULAS
“Ou se acompanha a modernidade ou se acaba”. Altair Lorival de Melo, o Belha, sobre o novo Centro Técnico da Coopercocal. Ele tem razão. As mudanças são inevitáveis e os tempos mudam, quer queiramos ou não.
E registrando fatos altamente positivos para o nosso município com as justas e merecidas homenagens à Alumasa e seus quatro irmãos com “R” - Renato, Rodrigo, Reinaldo e Roberto, bem como ao cineasta urussanguense Luiz Fernando Machado com o seu “Albertina” para o mundo do cinema. Dois destaques: Um na área industrial e outro na área cultural.
-Wilson Witzel foi eleito governador com o apoio de Bolsonaro e tendo como bandeira o combate à corrupção e ao crime organizado. Assumiu e se tornou um poço de arrogância, um poço de prepotência, de Senhor de Si, Dono da Verdade, Doutor Razão, o honesto sou eu, os corruptos são os outros e bandido é com um tiro na cabecinha. Jogou a humildade no lixo e vestiu o terno da arrogância. Veio para combater a corrupção e caiu por ser mais um corrupto. Cassado, entrou para a história apenas como mais um governador que não deu certo no Rio de Janeiro. É, o ego, o super- ego, a prepotência, a arrogância já levaram muita biografia para a grota. Que sirva de alerta para muitos, pois esta doença não tem vacina.
Vereador Fabiano Murialdo De Bona registrou na Câmara que “o diabo é o pai de todas as mentiras e quem flerta com a mentira, um dia irá se casar com ela e assim se tornará genro do diabo”. Que coisa!
PPK registrando que “Se você quer conhecer o caráter de uma pessoa, dê poder a esta pessoa”. Logo ela se revelará o que realmente é. Esse processo, esse método é infalível e essa máxima vem da Antiguidade, vem do longo reinado de Nabucodonosor II, o mais poderoso rei da Babilônia que libertou os caldeus e destruiu Nínive, conquistou Israel, tomou Jerusalém em 586 a.C. De cada dez tijolos das ruínas da Babilônia, nove contêm o seu nome inscrito neles. Reinou por 43 anos a ferro e fogo. Depois a demência tomou conta dele.
Não existe nada no mundo que não possa ser piorado pela ação do homem. Veja a Praça Anita e a Rua Angélica Collodel Bettiol. Como rua de acesso à cidade, o asfalto era necessário, mas retirar o meio fio de granito ponteado pelos nossos pais e substituí-los pelo meio fio de concreto-broa foi um escândalo cultural. Quanto às pretensas reformas na Praça Anita, serviu também apenas para detonar o meio fio ponteado pela “Turma de Tramandaí” e reforçar a imobilidade. Antes, se dava um jeitinho, puxava-se o carro para o lado quando um caroneiro necessita descer. Hoje o carro para, para uma pessoa descer, e todos precisam parar. E atrás tem sempre um integrante do grupo dos “afobadinhos”, que por não levantarem cedo, estão sempre atrasados. Como disse, não existe nada neste mundo que não possa ser piorado. Esse é mais um exemplo.
Não constitui crítica, apenas uma observação histórico-hilariante. Desde a 1ª Administração Zen/Neusa até a atual, aquele bueiro ou boca de lobo do canto da Praça Anita em frente à Biblioteca Municipal/Banco do Brasil vem incomodando os sucessivos Secretários de Obras. Acho que o assunto requer o “pedir auxílio aos universitários”.
Correto o estabelecimento comercial Agropet Dandolini no Bairro das Damas: “Sem máscara, sem atendimento”.
Não se pode confundir escolaridade com educação, canudo com capacidade, cultura com inteligência. Cada termo desse vive em cochos independentes. Pessoa educada independe de escolaridade, apenas canudo não significa capacidade e nem experiência; Pessoa culta não significa pessoa inteligente e vice-versa. Às vezes convêm lembrar alguns exemplos catarinenses: Aurora, Sadia e Perdigão, Chapecó, não foram montadas por doutores. E temos também um emblemático exemplo urussanguense. Nas enchentes de 74, engenheiros do Estado haviam condenado a ponte localizada próximo à Padaria da Olguinha que havia cedido. O prefeito Altair Giordani foi tranquilizado pelo Amélio Feltrin, Carboni, Berto Sartor e Danúncio Bendo. Com a experiência deles, a ponte foi macaqueada, recuperada e 47 anos depois, a mesma está aí e não cedeu um centímetro.
Para encerrar as pílulas deste início de maio, é preciso registrar que devemos atacar ideias e não pessoas. Foi uma semana de ataques, contra-ataques, de réplicas e tréplicas. Cenas do filme “O Império contra ataca”.
ATTENTI RAGAZZI
“Sabe Vô, eu volto para Florianópolis e digo para os meus amigos da escola tudo o que eu faço quando vou a Urussanga, mas eles não acreditam em mim”. Eduardo, aos seis anos, registrando suas aventuras de criança.
Banda ou Orquestra Municipal de Urussanga, como queiram, sob a regência do ex-vereador e ex-secretário municipal Braz Ciseski. Na trompete, o mais famoso careca de Santa Catarina vocês já identificaram, porém ao seu lado está Emerson Fernandes de Lima, adolescente da Rua do Sapo e já apaixonado pelo saxofone que brilhou em muitas apresentações nas datas festivas de Urussanga, como a Ritorno Alle Origini, Festa do Vinho, Vindima Goethe... e, de quebra, sentado ao fundo, pode-se ver outro grande incentivador das artes na Benedetta - o saudoso Carioca, pai da Alice Batista.
Nunca esta imagem da Funerária Nossa Senhora da Conceição, com esta frase bíblica, esteve tão perto de todos nós. Portanto, precisamos, com relação à pandemia, exercitar uma lei dos Escoteiros: “Sempre Alerta”.