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Foto do escritorMARCIA MARQUES COSTA

Aciu - o sucesso de uma história do associativismo


Neste mês de outubro a Associação Empresarial de Urussanga- ACIU completa 50 anos de atividades no município, regida pelo desejo de trazer desenvolvimento econômico e social através da união de esforços, elemento este que só o associativismo oferece.

Na galeria de Ex-Presidentes, nomes que trouxeram um Norte para o setor produtivo urussanguense, estando sempre à frente de movimentos que reivindicavam conquistas para o setor e, ao mesmo tempo, promoviam o bem estar do cidadão urussanguense.


Galeria dos Ex- Presidentes

Hédi Damian

Geraldo Fornasa

Rony Zaniboni

Odilon Barbosa

Edson Peraro

Ademir Pascoal Becker

Evaldo da Silva

Gilmar Menegon

Rodrigo Fontanella

Jaimar Edson Meneghel

Ademir Manoel Lopes

Adroaldo Echamendi De Brida

Gialdino da Luz


Do destaque empresarial

Urussanga sempre se destacou no mercado nacional e até internacional pela perseverança de sua gente e pela qualidade de seus produtos. No início da colonização, a banha e derivados de suínos eram comercializados pela Cooperativa criada em Rio Maior, a 1ª no sul catarinense, produtos estes que eram levados em carros de bois até Pedras Grandes para serem colocados em vagões de trem, seguindo para Florianópolis e a então capital do Brasil - Rio de Janeiro.

Mais tarde, o vinho contou com um trabalho iniciado por empreendedores que gravaram seus nomes na história local com premiações internacionais, a exemplo das extintas vinícolas das famílias Caruso Mac Donald, de Darvino Bez Batti e do Cadorin, cujos exemplares foram servidos no Palácio do Catete ao ex-presidente Getúlio Vargas; até os nomes consagrados das vitivinícolas de hoje, o que garante a Urussanga o título de Capital Nacional do Bom Vinho.

A atividade extrativista do carvão mineral, que levou o nome de Urussanga ao cenário internacional durante a 2ª Guerra Mundial como produtor que abastecia as tropas dos Aliados e que ocasionou um grave problema ambiental em toda a região carbonífera, também contribuiu para ampliar o leque de atividades nos setores comercial e industrial.

Do ciclo que colocou as cerâmicas em evidência até a diversificação dos parques industriais atualmente, sempre houve urussanguenses que trouxeram para a cidade os dividendos da ousadia em inovar e, ao criar uma associação de empresários, geraram uma força transformadora, parceira de boas iniciativas e promotora de oportunidades para o aprimoramento.

Exemplos desta atuação ao longo da história são muitos e podem ser relacionados desde o incentivo para criação da Festa do Vinho com sua Exposição Industrial e Comercial na década de 1980, passando por engajamento em lutas como a pavimentação da SC 108, SC 445, duplicação da BR 101, além da mobilização em torno da criação de áreas industriais no município e aprimoramento da mão de obra local.


Da ACIU

A Associação Comercial e Industrial de Urussanga, atualmente denominada Associação Empresarial de Urussanga, nasceu no ano de 1973 e teve como seu primeiro presidente o vitivinicultor e comerciante Hedi Damian.

Em entrevista feita pelo jornal Panorama ainda no ano de 2012, seis anos antes de seu falecimento, Hedi afirmou que o nascimento da ACIU foi resultado de um movimento iniciado pelo comerciante Lírio Bosa, que pretendia implantar em Urussanga o Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC.

Segundo ele, o Brasil estava vivendo o dito “milagre brasileiro” do governo militar, com uma década de crescimento que bateu o recorde em 1973 com o Produto Interno Bruto (PIB)tendo aumentado muito. Mas no outro lado o quadro não era bom.

Uma legislação para evitar o aumento do impacto ambiental da mineração foi implantada e houve também uma mudança na matriz energética nacional, sendo que o carvão mineral acabou tendo a comercialização prejudicada. Inclusive para exportação, haja vista a pouca qualidade do carvão da região.

Todos este fatores influenciaram o comércio e a indústria urussanguenses, e o serviço que Bosa pretendia implantar era para proteger os comerciantes de maus pagadores; seguindo o exemplo dos gaúchos que desde 1955 haviam criado um sistema para troca de informações sobre os pagamentos de seus clientes. Para isso, no entanto, era necessária a criação de uma instituição ao estilo da ACIC- Associação Empresarial de Criciúma, e que havia sido fundada ainda em 1944 por iniciativa de um grupo de comerciantes e de lideranças políticas.

E assim foi feito. Em 8 de outubro de 1973, Urussanga via nascer a ACIU. Todavia, pouco tempo depois uma mudança na legislação tirou da ACIU seu propósito inicial e forçou a criação de uma outra associação, a CDL Urussanga, que foi criada em 1977 como órgão que o governo definiu com mérito para reger esse sistema de controle de crédito.


MARCIA MARQUES COSTA

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